quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Sentimentalidades (rascunhos de 2013)

Desfazer-se de um sentimento nunca é fácil,  sempre haverá uma música... um perfume... uma frase dita... solta... que sem mais, nem menos, vai fazer ressurgir o que se quer adormecer entre esquecer e reviver...

O que fazemos quando o melhor a se fazer é acabar com as falsa expectativas??? Não querendo acabei por me envolver... E de repente meus pensamentos, não são meus... Meus sonhos estão devastados de utopias e minha razão... oras onde foi parar mesmo???

O que vou fazer agora
Que seu olhar já não busca o meu...
O que fazer agora
Quando os meus pensamentos já são seu
Tento não pensar... não lembrar,
mas tudo isso em vão...

Como pode me roubar a razão e me deixar sozinha com meu coração...

Não ouso...

O silêncio nunca é ausência do que se pensa... na verdade são gritos abafados pela insegurança de revelar o que esconde um frágil coração... Há tanto que queria lhe dizer, mas não ouso...
Nunca fui o tipo de pessoa ousada... Meus sentimentos sempre foram instáveis.., sempre me iludi na esperança "do que tiver que ser será", mas me questiono: "Por que não pode ser agora?". Tantas perguntas não feitas... tanto a dizer calado... É difícil contatar o evidente... sim eu gosto de você, mas será que isso basta? Não ouso responder.
De repente os meus pensamentos não são meus... Soa tão clichê, logo pra mim que sempre odiei frases obvias, me aproprio delas pois não sei escrever o que sinto e onde tudo isso vai dar...
O seu olhar me desarma, me deixa instável, se o evito não é por ser indiferente, mas por receio de não me controlar diante de ti...
Pra mim tudo é tão diferente... tudo recebe uma dimensão e profundidade maior do que pra ti pode ser... não gosto de correr riscos, a vida me ensinou a me preservar... a ideia de colocar os meus sentimentos e entregar de bandeja me assusta e me faz esquivar... Se ao menos você me fosse mais claro, me transmitisse segurança...
Não ouso perguntar, pois tenho receio da resposta... Não ouso me revelar pois não saberia como te confrontar posteriormente.
Já pensei em esquecer... Só Deus sabe quantas vezes prometi me desapegar dessas ideia, porém diante de você... droga tudo muda... E de repente a adulta dá espaço para uma criança insegura... Minhas palavras somem... me sinto tão tola que nada que eu diga realmente valerá a pena ser dito.
Sigo na esperança que algo aconteça, mas não ouso fazer acontecer... Pois o orgulho me faz manter a dignidade de me preservar... conheço o seu tipo e já sei onde essa história vai dar e sinceramente lágrimas e decepção não são nem um pouco atraente...
Então não ouso, pois ao ousar me entrego e me torno vulnerável... em tuas mãos...

Continuo... (Postando velhos rascunhos)

   Para onde vão os sonhos quando nos esquecemos de realizar? Para aonde vão os sonhos quando nos esquivamos de vivenciar?
   Sempre me disseram que o medo nos impede de sermos felizes, mas o que faço EU se ME perco na vã tentativa de SER? Ser tantas antes de realmente ME reconhecer como EU.
  Diariamente vagueio por aí, seguindo cronogramas e padrões, almejando mudanças, mas pisando aonde é seguro caminhar... A vida me "adestrou", afinal sendo "morna" é mais fácil passar despercebida...
   Covardia? Comodidade? Medo?Não sei ao certo... Não me encaixo nesse mundo de instituições falidas e valores distorcidos... 
    Vivo nessa incessante busca por auto conhecimento, contudo, de tanto almejar me reencontrar acabo por me perder... Diante do espelho percebo reflexo alheios... Desconheço aquele olhar cansado que tenta rir e dizer continue você é forte! Mas continuo porque na minha vida parar nunca foi uma opção.






Escrevo

Escrevo pois as palavras muitas vezes me tomam os pensamentos, mas me fogem os lábios. Escrevo pois na ânsia de muito dizer, nada falo...simplesmente calo.

Sempre ouvi dizer que o olhar revela muito sobre o que esconde a alma, por isso me esquivo... Por receio de me perder em sua inconstância e em minhas contradições.

Ah, se ao menos eu pudesse  saber onde piso... É seguro seguir? Qual a direção? O que pretendes? O que almeja? Deseja? Apenas deseja?

Desejo? Já não me basta, afinal, o que fica depois de saciada a sede?

Não me venha com promessas vãs, sem demagogias, por favor... Palavras dificeis só servem para florear textos pobres... E palavras bonitas caem bem aos poetas que realmente fluem o que escrevem, e não meros declaradores...

Não quero declamações ou declarações, se estas, não trazerem em si verdades explicitas!!! Basta de entrelinhas, suposições e indagações. Prefiro a verdade nua e crua... É ou não é, chega de meio termos!!! Quer ou não quer?